Curitiba/PR

Neuromarketing: o encontro da ciência com o marketing

Hoje vamos falar sobre o neuromarketing, que é um conjunto de estudos para entendimento da lógica de consumo das pessoas. Visa entender seus desejos, impulsos e até motivações de compra, tudo através do estudo das reações neurológicas a determinados estímulos.

O que é o Neuromarketing?

A junção da ciência com o marketing, o neuromarketing, é considerado recente e surgiu no início dos anos 2000 com estudos realizados por Gerald Zaltman, médico e pesquisador na universidade de Harvard, nos EUA. Zaltman teve a ideia de usar aparelhos médicos, como o de ressonância magnética para verificar como as pessoas reagiam a estímulos de marketing.

O neuromarketing, basicamente, é isso: estuda os estímulos que causam determinadas emoções e sensações físicas, enquanto os consumidores estão expostos a marcas, produtos, serviços, etc.

Um dos primeiros estudos realizados em neuromarketing foi realizado com a Coca- cola e a Pepsi. Utilizando-se dos dados obtidos, as marcas conseguiram alavancar suas vendas. Afinal, o neuromarketing pode ser usado para verificar se uma campanha publicitária causará desejo, repulsa ou até mesmo se terá a possibilidade de compra por parte do consumidor.

É preciso saber como funciona o cérebro humano:

Para realizar o neuromarketing é preciso entender um pouco como funciona o nosso cérebro, que se divide em três partes:

  • Reptiliano: é a parte mais primitiva do nosso cérebro, já que é semelhante ao comportamento dos animais. Tem como foco a sobrevivência e a conservação da espécie. É a responsável pelo medo da mudança;
  • Límbico: é a parte responsável pelas emoções e sentimentos, como a alegria, a surpresa, a raiva, o nojo, a tristeza e o medo. Aqui não existe meio termo: se o sistema límbico gosta, gosta mesmo. Se não gosta, desista. É amparado pelo reptiliano;
  • Neo córtex: esta última parte é a responsável pelo pensamento, pela linguagem e pela fala. É o que faz a gente pensar e analisar sobre as decisões. Faz você escolher conscientemente e tomar ações pensadas, usando a razão.

 

Como são feitos os estudos de público dentro do Neuromarketing?

Existem empresas especializadas em neuromarketing, que é um segmento ainda considerado recente no mercado. Estas empresas fazem estudos de como as pessoas reagem a determinado estímulo e assim verificam se a estratégia de marketing tem chances de vender ou não.

Para isso, são feitos diversos testes com tecnologias diversas, como:

Eletroencefalografia – Por meio do monitoramento de ondas cerebrais, busca trazer dados de motivação, memorização e atenção do consumidor.

Eletrocardiografia – é medida a frequência cardíaca do consumidor, que se altera em resposta a estímulos externos.

Eletromiografia facial – analisa as expressões faciais positivas e negativas do consumidor, captando até mesmo contrações musculares que não são visíveis.

Eye-tracking – aqui são medidos o foco e as direções para onde vai o olhar do consumidor.

Pupilometria – como a pupila varia com a intensidade da emoção, é possível analisar esta parte dos olhos para análise.

Tempo de reação – neste teste é avaliado o tempo que a pessoa leva para reagir a certos estímulos.

Sudorese – é avaliado o grau de sudorese nas mãos, até mesmo quando não é percebida pelo próprio consumidor e serve para avaliar a intensidade emocional.

Salivação – é mensurado o grau de salivação da pessoa e o seu apelo de apetite, quando exposto a alimentos e bebidas.

Teste de economia comportamental – analisa as preferências, valor das marcas e também a intenção de compra do consumidor, por meios de jogos de economia.

Dependendo do estímulo, o cérebro e o corpo reagirão de formas diferentes, conforme as emoções e sentimento. Isso comprova qual estratégia é mais assertiva para a campanha em questão.

O neuromarketing realmente funciona?

Sabia que aproximadamente 95% das nossas decisões são inconscientes e só 5% delas são conscientes e racionais? Ou seja, a emoção domina nossas decisões. Afinal, todo mundo já comprou por impulso e até mesmo comprou o que não precisava!

A grande questão é que, quando o nosso sistema límbico gosta muito de algo e o reptiliano não vê perigo na opção, a decisão é tomada: a compra está feita. Só após esta constatação é que o sistema da razão entra em ação, que é o pensar como vai fazer para adquirir o que deseja.

Em resumo, este é o objetivo do neuromarketing: comunicar com o lado mais emocional dos consumidores.

Acompanhe o nosso blog para ficar por dentro das tendências em marketing digital.

Referências:

Economia UOL – Neuromarketing mede arrepio de pele e batidas do coração

Neuromarketing desvenda cérebro do consumidor e ainda é pouco usado

Forebrain

Salesbrain

Neuromarketing – Como aumentar em mais de 90% o seu poder de persuasão

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